Ler . Sentir .

Sê bem-vindo ao meu mundo.

Incompleta-mente Falando.

Há quem escreva para parecer bem ou ficar bonito, eu escrevo porque me dá prazer. Escrever é uma paixão, uma terapia, um impulso. Escrevo porque sou sã e louca. Escrevo porque vivo e existo.

[...]

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Palavras Amor-ó-dependentes

Por muito que tentes ser inovador – Esquece.

Está tudo desgastado, consumido…

Já ninguém lê poemas d’amor,

Essa coisa fútil, vã e perdida no tempo.

Já ninguém quer saber de sentimentos,

Muitos menos de sofrimentos de outrem

(pra isso já basta o deles!).

Acreditem, já ninguém lê poemas d’amor!
Actualizem-se!

Já não há perfumes de rosas,

Nem olhares que lembram o luar.

Já não há estrelas de desejo,

Nem cravos sem espinhos.

Por favor, isso é passado!

Já não há juras, cânticos

Nem beijos apaixonados.

O vocabuláro da família de palavras d’”Amor”

Esmoreceu, esvaneceu… morreu!

Repito – Já ninguém lê poemas d’amor!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Apetecivelmente Pecador - Restaurante


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Ementa:
Amor,
Paixão,
Sedução,
Tentação
… Menu – Oferta da especialidade “Beijos extra”

Hoje,
Mais uma vez não sei o que escolher,
A Gula, (maldita seja), apoderou-se de mim,
E agora… agora, apetece-me tudo!

Hoje,
Desejo o amor puro, um olhar brilhante,
Um sentimento de saudade;
A ausência de um sorriso, de uma voz.

Hoje,
Apetece-me a paixão tresloucada,
Que cega, fere, vence, perde.
A paixão que ou nos mata ou nos torna mais fortes!?!

Hoje,
Ah, Ah! Desejo, apenas, exclusivamente, unicamente,
Somente… a atracção;
Passageira e cigana, transparente e amorfa.
Atracção meramente carnívora, rawwwr!

Hoje,
Apetece-me… hum, será que posso dizer? Queres “ouvir”?
Bem, podes mandar vir a sedução;
Provocadora, tirana, falsa, mas… aprazivelmente saborosa.
Nhamy…

Hoje,
Desejo a tentação, (depois de seduzir só este seria o prato indicado).
Tentação; confusa, imprevisível e incontrolável.
Possuidora e, terminantemente, vencedora!
Já agora, para manhã desejo…
…Ah esqueça, prefiro aguardar por novidades!

(Momentos de loucura...)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Falta


Sinto falta de um beijo meigo, de um beijo no rosto, nos lábios, no nariz.
Sinto falta de um abraço apertado que me sufoque o coração de sentimentos e emoções. Sinto falta do toque de uma pele macia e quente, dos dedos de uma mão a entrelaçarem com os meus, de um olhar que me intimida e me deixa imóvel. Sinto falta das borboletas na barriga, do sopro no coração, da inexistência de palavras, do tempo intemporal. Sinto falta de algo que me mova e que me faça sentir diferente. Sinto falta de mim, sinto falta de toda a gente.


domingo, 18 de julho de 2010

Sou como o Vento


Sou como o vento,
Divago num rumo incerto
Constante de obstáculos.
Posso soprar ferozmente e derrubá-los
Ou então, do meu jeito sereno e doce,
Contorná-los como se de uma silhueta
Curvilínea feminina assim se tratassem.

No meu soprar juntam-se mais 1001 sopros,
E assim, vamos esvoaçando numa
Aglutinação em perfeito equilíbrio.
Nos 1001 soprares em mim existentes,
Vindos dos 7 mares, encontra-se a
Verdadeira evolução de um ser
Que quando individual não
Possuiria tanta valentia.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Baú


Todos os dias da minha vida
Abro uma nova página do meu diário e,
Lá deixo vincado cada sentimento, cada emoção.

Busco num baú de memórias,
Antigos livros por mim escritos.
Busco nesse baú sem fundo
O que um dia já fui e o porquê
De ser o que hoje sou.

Paixão


As tuas mãos, silenciosamente, se aproximaram de mim.
Os teus dedos, delicadamente, tocaram o meu rosto, descobrindo-lhe cada expressão, cada sorriso, cada lágrima. Desenhaste as minhas faces e, pelo tacto, redigis-te a letra M dos meus lábios, parecendo um cego na sua primeira tentativa de leitura Braille.
As tuas mãos deslizaram pelo meu pescoço, pelo meu peito, pelo meu ventre.
O teu toque explorou todo o meu corpo. Delineaste cada curva minha tal como um escultor em busca da harmonia para a projecção de um corpo apaixonadamente perfeito…


sábado, 12 de junho de 2010

Silêncio



Quando o silêncio é vão,
Inconstante e sinistro,
Magoa.


Desejava somente uma palavra,
Uma reacção, um sentimento.
Esperei, porém, nada obtive.

O silêncio estava instalado,
Em olhares e gestos.
Foi frio, cruel e egoísta.
Não teve dó nem piedade
De um coração desamparado
Que só buscava duas palavras
De aconchego.

No meio do silêncio disse
Para mim mesma “Vai”.
Nesse mesmo momento, chorando
Fechei os olhos, voltei costas…
… e parti…





domingo, 28 de março de 2010

Permita-me


Permita-me ser imperfeita
e transmitir ideias loucas e alucinantes ao mundo,
talvez invente alguma teoria “psicomorfologicamente” válida.

Permita-me que use máscaras, disfarces e personagens,
Devo dizer-lhe que nem sempre tenho boa cara
Muito menos expressões agradáveis.

Permita-me que erre,
Pode ser que um dia me farte de cair e,
Quiçá… aprenda!

Permita-me, (por favor), que me apaixone
(e que se apaixonem por mim!),
Que seduza,
(Ah claro… e que seja seduzida!)
Adianto desde já que costumo ser réu de crimes pecaminosos.

Permita-me ter a ousadia de viver
E de correr os riscos da iniciativa.
Hiperbolicamente falando,
Permita-me ter o mundo como bem o ambiciono,
E como bem o moldo à minha imagem.

Permita-me então, ser quem sou
(ou quem quero ser)
Que eu, inevitavelmente lhe permitirei ser quem é!