Ler . Sentir .

Sê bem-vindo ao meu mundo.

Incompleta-mente Falando.

Há quem escreva para parecer bem ou ficar bonito, eu escrevo porque me dá prazer. Escrever é uma paixão, uma terapia, um impulso. Escrevo porque sou sã e louca. Escrevo porque vivo e existo.

[...]

terça-feira, 27 de maio de 2008

É Inalcançável, porém Irei Sempre Procurá-la. Ajudas-me?


Esboço sou eu, és tu, é o mundo.
Somos esboços projectantes da perfeição inalcançável.

Palavras Soltas...



Ando estranha, tenho medo...
Todas as noites me lembro de algo que me atormenta.
Mas, concretamente, nem sei o que é.
Parece que vou entrar numa nova Era e deixar para trás tudo o que sempre estimei.
Entre falsidades e desilusões, sempre conseguiram arrancar de mim um sorriso...

Aff...

Assim fiquei, abatida, desde que escrevi as ultimas palavras no... Naquele Diáriozito em que contava o que se passava na minha cabeça e relembrava tudo o que aprendera com companheiros inesquecíveis e sábios maravilhosos.

Custa-me...

Sabes, - sim, tu aí que me "lês" (se é que existes...) - o meu maior medo é crescer... Estranho, não é? Talvez eu assim o seja. Quero continuar a ser uma "caganita" que sonha, quer e luta. Tenho medo que o tempo passe por mim seu eu dar conta e, quando reparar nele... seja tarde demais. Tudo cada vez passa mais apressadamente. Tento aproveitar cada segundo com a maior intensidade possível... mas... Somos perseguidos pelo tempo! Vai depressa e não volta mais...

Ele não se cansará de correr?
(se assim for, decerto modo invejo-o!)

Apetece-me chorar...
Porquê?

... Não quero nem direi Adeus.
Apenas direi Até Breve...


Incompleta-mente Termino.

domingo, 25 de maio de 2008

Confusa (-mente) Sonho. Queres Adormecer?

Deixei-me levar, segui...
E agora aqui cheguei.
Onde estou?

Olá, está aí alguém? Alguém me ouve?


Faz-se silêncio.

Subi ruas, desci avenidas,
contornei rotundas;
Tudo cercado de incertezas da vida.

Ciclo vicioso este.

Esperei...
Continuo sem ter resposta alguma.

Onde estarei?!

Sinto que o que me rodeia não é concreto.
Miragem?! Ilusão?!
Não sei...
Tudo o que eu tinha aprendido até hoje
desapareceu da minha mente.

Corro.
Salto.
Grito.

Ninguém me ouve.

Sentada num banco, quando já cansada estava,
Aparece uma pessoa, a seguir outra, depois outra...
Desconhecidos, ao meu ver.
Caras desfocadas. Mudavam repentinamente.
E eu sem saber o porquê, no meu canto permaneci.

O lugar onde estou muda repetidamente,
Vezes e vezes sem conta...

Tudo se confunde à minha volta.

Num momento riu, num momento choro.

Sigo mais um pouco procurando algo,
Uma simples palavra.

Continuo... continuo...

De repente, ouço uma voz bem doce:
- Que fazes aqui?!
Assustada respondo:
- Não sei... Quem és tu?!
- Eu... eu sou o vagabundo dos sonhos.
- Dos sonhos, que sonhos?! Eu não estou a sonhar!

Uma imagem surge em minha frente
fixando o meu olhar...


Levantando-me bruscamente:
Onde estou eu agora?
Em som de eco ouço:
- No meu mundo...

...

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Vamos Dançar?

Dançando freneticamente
Dois corpos envolvem-se;
As suas mãos percorrem todo o seu corpo
Despindo-o lentamente,
As respirações aglutinam-se loucamente,
Dois corpos suados e seduzidos
Encontram o amor, procuram o ódio.
Sentimentos rodopiam num vasto palco;
A paixão traidora,
A sedução suprema,
O amor tirano
E o ódio possuidor.


Passos, compassos,
longos, curtos, piruetas e espargatas.

Sensações pertencentes a uma única dança
Onde dois corpos violentos se entrelaçam
Formando um só.

Tango, provocador,
Tango consumidor e inteligente,

Tango...


quinta-feira, 22 de maio de 2008

Ambição


Ambiciona, Luta, Vence, Possui, Sonha, Determina.

Torna-te melhor.
Forma um objectivo e alcanço-o.

Deixa de ser uma pessoa mediana, como tantas outras.
Não dês apenas o suficiente, mas sim, (SEMPRE), O melhor,
O máximo.
Compara-te a ti mesmo.
Supera-te.

Vai ao Topo sem ter medos ou receios.
Ultrapassa as tuas dificuldades sem vergonhas.

Vai ao topo e não tenhas medo de brilhar,
A nossa própria luz dificilmente ofuscar-nos-á.




Palavras ouvidas repetidamente; Teatro - PD

Hamlet - William Shakespeare


Hamlet
[...]
Deixai que não lembre… fragilidade teu nome é mulher!
[...]

Ophélia

Nos últimos tempos, meu senhor,
Muitas vezes me deu sinais de seu afecto.
Não sei, que deva pensar.
Ele tratou-me sempre com amor
De um modo muito honrado.
E às suas palavras deu sempre garantia
Invocando o céu com as promessas mais sagradas!
[...]



Hamlet


Ser ou nao ser, é isso a questão,
Será mais nobre deixar que o espírito suporte
Os golpes e as setas da fortuna ultrajente
Ou erguer armas contra um mar de angústias
E, não aceitando, pôr-lhes termo? Morrer, dormir,
Dormir e talvez sonhar.
Ai, mas aqui é que está o difícil -
Pois que sonhos surgirão nesse sono da morte
Quando tivermos despido o tumulto mortal?
É isso que nos detém - esta é a suspeita
Que dá tão demorada vida ao sofrimento.
[...]
Se, com um punhal, pudesse
Criar ele próprio a sua paz. Quem quereria
Levar os fardos e gemer e suar sob uma vida exuasta?

Mas terror de alguma coisa que está depois da morte
- País desconhecido de cujas fronteiras
Nhum viajante regressa - Perturba o nosso desejo
Eleva-nos a suportar mal que temos
E a não voar para males dos quais nada sabemos.

[...]

Ophélia - Meu bom senhor, tenho lembranças vossas
Que há muito tempo vos quero devolver.
Peço, recebei-as agora.

Hamlet - Não, eu não;
Nunca te dei nada.

Ophélia - Meu honrado senhor, bem sabeis
Que as haveis dado e com elas
Palavras compostas por tão doce alento
Que as coisas se tornaram mais preciosas.
Perdido o perfume, retomai as coisas.

Para um espirito nobre, quando que dá mostra rudeza, Os mais valiosos presentes empobrecem.
Tomai, meu senhor.



[...]



Passagens de Monólogos/Diálogos - Hamlet, William Shakespeare - Teatro - 4 de Março de 2008

O Monólogo - Morrer


Lábios que tocam mas não beijam, mãos que entrelaçam mas não abraçam, suspiros que murmuram, olhares sentidos… tudo momentos que não serão esquecidos… Tempos em que Ele estava comigo…

Tudo não passara de palavras e jogos mas Ele estava presente, só que nunca se tinha revelado…

Por tanto esperar a única coisa que me restou foi vê-lo morrer.
Ele morrera ali mesmo, nos meus braços hesitantes. Eu poderia ter dito tanta coisa. Podia mas não disse nada…! Assustada escondi-me no silêncio e por toda a minha face escorriam lágrimas…

Porquê?!

Deixei-o partir…

Agora sinto-me perdida algures no mundo, sem ter rumo ou um porto de abrigo, porque eu tinha-o e Ele... Ele era tudo o que eu desejava… Mas morrera…


ESTE É O AUGE DO SOFRIMENTO!

Meu mundo;

Mundo a preto e branco,
Mundo sem alegria,
Mundo necessitado de alguma magia,
Mundo lamentado por dor,
Mundo precipitado no meu inútil interior.

Sou um alguém que não sabe quem... Com a sua partida acho que o desiludi, e desiludi quem lhe era mais próximo. Eu sempre dizia ser uma pessoa forte, que suportava qualquer dor, qualquer mágoa mas segui um caminho que sempre jurei não seguir, cai numa vida que sempre prometi não cair…


Agora tenho nojo do mundo, nojo de mim, nojo de me ver, nojo de me sentir, nojo do meu silêncio, nojo da minha insignificância, nojo do meu ódio, nojo da minha transparência.

Tenho-me nojo porque o deixei partir.

E tenho nojo de ti, de ti, e de ti…

Porque vocês o têm…

E EU NÃO!


NÃO!

ELE MORREU.

EU VI!

ELE tem um belo nome comum abstracto,

ELE não se agarrada mas sente-se

ELE não toca, mas magoa

ELE está contigo, mas já não está em mim

ELE… o AMOR.

Sou como uma aranha sem as suas teias,

Ele… o sangue que me corre nas veias.

Mas a sua partida…tornou-se no meu suicido lento.





Monólogo realizado para Teatro - 7 de Fevereiro de 2008

Pessoas Crescidas


Sabem tudo, dizem as Pessoas Crescidas,
fazemos algo “politicamente” incorrecto
somos repreendidos pelas Pessoas Crescidas.
Pessoas Crescidas não compreendem os nossos sonhos,
as nossas palavras, as nossas crenças.
Por mais belas e utópicas que sejam,
Quem nos ouvirá?!
De certo modo não passamos de crianças… - Queixam-se as Pessoas Crescidas.
Esquecem-se que elas próprias também já foram o que nós somos hoje,
e que amanhã nós seremos o que elas foram ontem,
e sinceramente assusta-me o facto de talvez me vir a tornar uma Pessoa Crescida
São uma raça que possui determinadas características que não pretendo desenvolver.
Nós sentimos o que as Pessoas Crescidas não sentem!
Nós, crianças, somos puras, sonhadoras, ilimitadas.
Para nós “o essencial e invisível aos olhos”,
Pessoas Crescidas que não o compreendem…
Pessoas Crescidas não nos compreendem, não nos dão razão…
não nos ouvem, não nos dão a mão!
Não conseguem ver pequeno grande talento que há em nós,
Um pequeno elogio ou incentivo, por mais pequeno que seja consegue moralizar e ajudar alguém,
mesmo que seja a uma criança que no mundo crescido seja considerada como ninguém!

Pequenas grandes crianças… Pequenos grandes sentimentos!



Inspirado no "Principezinho" de Antoine Saint-Exupéry
Dedicado a : Margarida Brotas

Arrisquei.

Seguindo um caminho incerto. Arrisquei.
Arrisquei e por ele vagueei como se vagabunda fosse.
Procurei, analisei, imaginei, encontrei.
Fui sem ter medos ou receios. Arrisquei.
O que de inicio era um caminho incerto, inseguro e perdido,
Hoje tornara-se o caminho que seguirei eternamente.

Nesse vasto caminho, predador do desconhecido,
Encontrei belezas profundas, sentimentos estranhos, paixões intermináveis.

Nesse assustador caminho que é vida, seguirei;
Seguirei até as minhas pernas fraquejarem;
Seguirei até ao infinito...