Ler . Sentir .

Sê bem-vindo ao meu mundo.

Incompleta-mente Falando.

Há quem escreva para parecer bem ou ficar bonito, eu escrevo porque me dá prazer. Escrever é uma paixão, uma terapia, um impulso. Escrevo porque sou sã e louca. Escrevo porque vivo e existo.

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quinta-feira, 22 de maio de 2008

O Monólogo - Morrer


Lábios que tocam mas não beijam, mãos que entrelaçam mas não abraçam, suspiros que murmuram, olhares sentidos… tudo momentos que não serão esquecidos… Tempos em que Ele estava comigo…

Tudo não passara de palavras e jogos mas Ele estava presente, só que nunca se tinha revelado…

Por tanto esperar a única coisa que me restou foi vê-lo morrer.
Ele morrera ali mesmo, nos meus braços hesitantes. Eu poderia ter dito tanta coisa. Podia mas não disse nada…! Assustada escondi-me no silêncio e por toda a minha face escorriam lágrimas…

Porquê?!

Deixei-o partir…

Agora sinto-me perdida algures no mundo, sem ter rumo ou um porto de abrigo, porque eu tinha-o e Ele... Ele era tudo o que eu desejava… Mas morrera…


ESTE É O AUGE DO SOFRIMENTO!

Meu mundo;

Mundo a preto e branco,
Mundo sem alegria,
Mundo necessitado de alguma magia,
Mundo lamentado por dor,
Mundo precipitado no meu inútil interior.

Sou um alguém que não sabe quem... Com a sua partida acho que o desiludi, e desiludi quem lhe era mais próximo. Eu sempre dizia ser uma pessoa forte, que suportava qualquer dor, qualquer mágoa mas segui um caminho que sempre jurei não seguir, cai numa vida que sempre prometi não cair…


Agora tenho nojo do mundo, nojo de mim, nojo de me ver, nojo de me sentir, nojo do meu silêncio, nojo da minha insignificância, nojo do meu ódio, nojo da minha transparência.

Tenho-me nojo porque o deixei partir.

E tenho nojo de ti, de ti, e de ti…

Porque vocês o têm…

E EU NÃO!


NÃO!

ELE MORREU.

EU VI!

ELE tem um belo nome comum abstracto,

ELE não se agarrada mas sente-se

ELE não toca, mas magoa

ELE está contigo, mas já não está em mim

ELE… o AMOR.

Sou como uma aranha sem as suas teias,

Ele… o sangue que me corre nas veias.

Mas a sua partida…tornou-se no meu suicido lento.





Monólogo realizado para Teatro - 7 de Fevereiro de 2008

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