Ler . Sentir .

Sê bem-vindo ao meu mundo.

Incompleta-mente Falando.

Há quem escreva para parecer bem ou ficar bonito, eu escrevo porque me dá prazer. Escrever é uma paixão, uma terapia, um impulso. Escrevo porque sou sã e louca. Escrevo porque vivo e existo.

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Abraços Teus, Amor Meu

Os teus abraços espontâneos que me empurram bruscamente contra o teu peito, acompanhados por um silêncio mensageiro capaz de transmitir tudo aquilo que, por algum motivo, não consegues ou não queres dizer. Esses abraços que me fazem ouvir a tua respiração serena ao meu ouvido, enquanto estou imóvel e prisioneira dessas tuas mãos fortes que se embrulham ora na minha cintura, ora no meu pescoço fazendo-me arrepiar e sentir como que uma criança protegida. São estes abraços que me levam a desejar que não me largues mais e que se permaneçam silenciosos…

É no momento em que olho para ti enquanto me abraças e te vejo completamente envolvido em mim, de olhos fechado e com um grande terno sorriso nos lábios que qualquer silêncio se torna capaz de falar!

AMDP

sábado, 20 de agosto de 2011

Vício



És o vício que me persegue,
Tento-me livrar de ti mas não consigo.
Corro para ti, contra ti, rasgo a tua sombra,
Mas tu continuas comigo.
Digo que já não te quero e tu 
Segues no teu rumo, no entanto,
Passado pouco tempo voltas
E preenches a minha cabeça,
O meu corpo, a minha alma.

És a minha droga:
A MINHA IROINA, 
O MEU ÓPIO,
O EXCTACSY QUE ME IMPULSIONA.

És o vício que nasceu comigo 
E que comigo morrerá.
É esta sina que me está traçada.
És o vício que me obriga 
A viver com palavras e pensamentos.
És vício que me move.

Minha droga, a ti te chamo: ESCRITA!

Tempo


O tempo teima em não passar.
Conto horas, minutos, segundos mas ele…
Ele não avança.
Trata-se de um tempo que
Me empurra para um impasse,
Para uma lacuna, para uma quebra,
Para um atraso… para…
Uma pausa na minha vida.

É este o tempo que me congela e imobiliza.
É este, maldito, tempo que me vandaliza.






A Desconhecida

Sinto que passei de um tudo para um nada.
As vozes que ecoavam na minha cabeça, acompanhadas por sorrisos, ora falsos, ora verdadeiros, neste momento são meramente mudas e incapazes de proferir uma única frase lógica. Já não tenho olhares telepáticos a cruzarem-se comigo, muito menos alguém lá no fundo, lá bem no fundo, a gritar pelo meu nome.
Tanto tempo que estive sem me “agarrar” a folhas e lápis, tanto tempo que estive sem ter a necessidade de ter um alguém, sem saber quem, que me ouvisse, com quem eu pudesse partilhar…
As multidões a mim já não me dizem nada. Por vezes não passam de um mero aglomerado de gente inócua, incompleta e incapaz de completar alguém.
Estou naquele preciso ponto, em que (possivelmente), pela primeira vez, me sinto uma verdadeira identidade singular e desconhecida aos olhos de quem por mim passa.